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terça-feira, 19 de outubro de 2010

Rocha: quebra na produção melhora preços

Os preços de venda da pêra Rocha aumentaram mais de 50% em relação a 2009, devido a fortes quebras na colheita por toda a Europa. Em Portugal, a colheita é estimada em 149 mil toneladas, 23% abaixo da média dos três últimos anos. Estas primeiras previsões, divulgadas em Agosto pela WAPA (Associação Mundial dos Produtores de Maçã e Pêra), através de dados fornecidos pela ANP (Associação Nacional de Produtores de Pêra Rocha) indicam um volume 40% abaixo da colheita de 2009 (com um recorde de 248 mil toneladas). A quebra foi ainda maior na zona sul da região Oeste (concelhos de Mafra e Torres Vedras). Os calibres da fruta, que se apresentavam mais reduzidos no início da campanha, melhoraram no final da época, predominando o calibre 60-65 mm.
A menor oferta de Rocha e de outras variedades de pêra na Europa (-15% na Conference; -10% na William BC e -35% na Abate Fetel) estão a contribuir para o aumento dos preços. A Rocha deverá beneficiar da ampla divulgação conseguida no mercado internacional em 2009. O preço baixo a que se vendeu no ano passado potenciou a chegada da pêra portuguesa, pela primeira vez, a certas regiões de França, Brasil ou Alemanha. Na campanha 2009-2010, Brasil (total de 19,6 mil t), França (20,9 mil t) e Reino Unido (22,1 mil t) foram os mercados que mais cresceram face à campanha anterior. A Espanha absorveu 3 mil t de pêra Rocha.
Do total de vendas efectuadas pelos associados da ANP, 63,6% destinaram-se a exportação, ficando 47 669 toneladas em Portugal. No mercado nacional, 54,7% (26 mil ton) da pêra Rocha destinou-se a grandes e médias superfícies de distribuição – ou seja, pouco mais do que o exportado só para o Reino Unido.

Fonte: Revista Frutas Legumes e Flores

1 comentário:

  1. As quebras de produção variam entre os 30-60% mas o aumento dos preços vai apenas de 0-50%.

    Isto em valores concretos é por exemplo:
    Um pomar que em 2009 produziu 60 ton/ha este ano de 2010 produziu apenas 20 ton/ha, mas o preço médio de venda passou de 400€/ton para 600€/ton.

    Então em 2010,
    Quando se perdem 40 ton = perde-se 16 000€ (preço de 2009)
    Quando se vendem 20 ton = recebe-se 12 000€ (preço de 2010)
    A perda foi maior que o ganho, mesmo com o aumento do preço!

    Agora é muito importante ter noção de que uma árvore ao produzir apenas 1/3 da sua produção normal vai produzir pêras com um calibre médio bastante superior ao normal.

    Ou seja, numa produção de 60 ton/ha o calibre médio normal é o 60-65 e na produção de 20 ton/ha o calibre médio é o 65-70. Um aumento de calibre que resulta numa diferença de aproximadamente 0,20€/kg.

    Ao fazermos as contas vamos ver que o real aumento dos preços deve-se em grande parte ao aumento médio do calibre das pêras comercializadas e não à falta de produção das mesmas.

    Com os anos, o preço da Pêra Rocha em Portugal tem sido constante, pouco variando ao longo das duas ultimas decadas, assim, este suposto aumento de preços apenas encobre a crise em que o negócio está, pois o preço de venda mantem-se mas os custos aumentam cerca de 10% de ano para ano. Ou seja, nos ultimos 20 anos os custos aumentaram mais de 200%!

    Claro que se os agricultores não evoluissem a produção de Pêra Rocha seria inviavel, e para explicar esta evolução que torna o negócio rentavel, eu, Ricardo Soares Santos irei efectuar um seminário dia 7 de Dezembro às 14h no ISA sobre a "Produção de alto rendimento em pomares de Pêra Rocha" - Case study da organização de produtores Campotec S.A.

    Até lá
    Cumprimentos,
    Ricardo Soares Santos

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